Jesus ''o avatar do amor''

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Por toda a Galiléia Jesus pregava nas sinagogas e curava os enfermos entre o povo. Sua fama antecedia Sua presença e traziam doentes, endemoninhados e paralíticos a Jesus e todos eram curados por Ele. Jesus se deslocava de cidade em cidade, de aldeia em aldeia e uma grande multidão o seguia, de Decápolis, da Galiléia, de Jerusalém, da Judéia e de além do Jordão. Era primavera do ano 28, um fim de tarde, a paisagem rural, o pôr do sol, a brisa suave soprando incessantemente no monte, formavam o cenário de um dos mais belos discursos de Jesus. Ele tinha passado a noite orando, tinha acabado de escolher os doze apóstolos, curado muitos enfermos e, agora, iria proferir a definição do caráter cristão. Ao ver que a multidão não o deixava, Jesus subiu ao monte e se sentou e logo Seus discípulos se aproximaram Dele e, mansamente, calmamente, Jesus passou a ensina-los. Este é o Sermão do Monte, cantado e decantado por muitos, porém a grande maioria só acha que as palavras são bonitas e pouco entendem da grandeza e da simbologia daquele momento.

As bem-aventuranças são uma espécie de consolações, de palavras de incentivo e conforto ao povo judeu daquela época e, profeticamente, para todas as gerações do cristianismo pelos séculos dos séculos, mas, ao mesmo tempo, eram novos conceitos que ardiam no coração dos humildes e que agrediam frontalmente os religiosos da época que, fatalmente, também ouviam o sermão de Jesus. Muita coisa ainda iria acontecer no Ministério de Jesus na terra, afinal tudo estava muito no começo ainda, mas por que Jesus fez o sermão do monte naquele momento? Por que não mais tarde, quando Seu Ministério já estaria mais consolidado? Aquele era o momento oportuno, porque aquele povo já tinha visto muita coisa, mas muitas outras coisas estavam por acontecer e era preciso deixar clara a posição do Mestre sobre os assuntos importantes.

Ainda estavam por vir as duas multiplicações de pães e peixes e Jesus precisava deixar bem claro que o Reino Dele não era humano, porque a situação de Israel naquele momento histórico era politicamente complicada. Israel havia sido conquistada para o Império Romano, que dominava com mãos de ferro a Judéia, o povo hebreu só tinha obrigações, nada de cidadania, direitos ou voz e, em suma, esta era a maior aspiração do povo naquele momento, uma revolução que devolvesse a Judéia aos judeus. Jesus era um líder natural e judeu de nascimento, estava se levantando de forma excepcional e grandiosa. As Escrituras estavam nas mãos dos líderes religiosos que eram cegos, segundo a palavra do próprio Jesus, e o povo não tinha nem idéia do que seria o Reino do Messias, o que poderia suscitar interpretações erradas, tanto do povo, como de Roma e era este o momento oportuno para esclarecer qual Reino Jesus estava pregando.

As bem-aventuranças eram as linhas gerais do Reino dos Céus. Jesus pregava um reino vindouro, um estado de espírito e não uma revolução que devolvesse a Israel sua soberania. A começar pelos pobres, Jesus estabeleceu novos conceitos: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.”(Mateus 5:3). Pobres de espírito. Até então pobre era pobre, sem dinheiro, sem oportunidades, sem lenço e sem documento, mas agora Jesus estendia este conceito a um novo tipo de pobre, os pobres de espírito. Interessante. Tem muita gente boa que pensa que quem vai para o céu são os pobres de dinheiro e para o inferno vão os ricos de dinheiro, mas Jesus disse que não é assim. O que é pobre de espírito?

É quem reconhece sua condição de pecador e busca a Deus de todo coração. É a pessoa humilde, que não se considera acima dos outros. Jesus contou certa vez sobre uma oração que fazia no templo um fariseu e ao mesmo tempo um publicano. O fariseu era soberbo, orgulhoso e o publicano humilde. Jesus disse que a oração aceita por Deus foi a do publicano e rejeitada a do fariseu.

No caso, o publicano é o pobre de espírito, o que não é orgulhoso, o que não se acha. Jesus falou dos que choram (serão consolados); dos mansos (herdarão a terra); dos que têm fome e sede de justiça(serão saciados); dos misericordiosos (alcançarão misericórdia); dos limpos de coração (verão a Deus); dos pacificadores (serão chamados filhos de Deus); dos que sofrem perseguição por causa da justiça (deles é o Reino dos Céus) e dos que forem injuriados e perseguidos e sofrerem mentiras e o mal por causa Dele. Tudo está escrito em Mateus 5:3-11. Todas as situações que podem afligir os filhos de Deus foram contempladas nas bem-aventuranças e todas têm uma promessa, um consolo, os que choram serão consolados, os mansos herdarão a terra, etc. Somente a última bem-aventurança não tem promessa alguma, apenas uma recomendação: “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”(Mateus 5:12).

 É uma situação muito especial, aqui Jesus falava diretamente com Seus discípulos e profeticamente, com cada servo Seu, que em todos os tempos, épocas e gerações sofreram e sofrem perseguições por causa de Jesus. Você dirá que isso ficou no primeiro século, que hoje em dia ninguém mais é perseguido por amor a Jesus, mas esta palavra é tão atual quanto foi nos primórdios do cristianismo. Se alguém se converte, imediatamente é apelidado de “irmão”, “pastor” ou “padre” e “come hóstia”. Tem gente que nem sabemos o nome, todo mundo só conhece por “irmão”. Isso é perseguição? Claro que sim, estes apelidos invadem a individualidade da pessoa, minam sua auto-estima, constrangem e em alguns casos até humilham.

A pimenta só arde nos olhos da gente. É evidente que no começo do cristianismo a coisa ia bem além da chacota, da piadinha de mau gosto, do bulling religioso, a coisa era radical, ser cristão era morte certa, mas guardadas as devidas proporções, hoje ainda se é perseguido por amor a Jesus, quanta gente que conhecemos não perdeu emprego e oportunidades de trabalho por professar sua fé? E em países do oriente médio, ainda se morre por ser cristão. A pena nestes países é a capital para quem pregar o Nome de Jesus. As bem-aventuranças iam de encontro a várias doutrinas dos fariseus, que pregavam o olho por olho, dente por dente, que se vingavam das ofensas, para quem chorar era coisa de fracotes, de gente pobre e por falar em pobres, é importante lembrar que os fariseus eram ricos, pessoas de projeção social e que se vestiam com vestes nobres, ricas, apesar de representarem o povo pobre de Israel.

Acho que as coisas não mudaram muito de lá para cá, nossos representantes continuam sendo homens ricos “defendendo” os interesses dos pobres brasileiros. Será? Pois bem. O sermão do monte fala do caráter de quem herda o Reino dos Céus. A mansidão, o senso de justiça, a misericórdia, a sinceridade de propósitos (limpos de coração) e a atitude pacífica são estas características de conduta e caráter, que identificam aqueles que herdarão o Reino dos Céus.

A beleza do sermão do monte, seu cenário bucólico, as palavras que confortavam os corações dos que ouviam com puras intenções, tornaram o sermão do monte numa espécie de top five das pregações cristãs até hoje. Muitos pregam sobre as palavras de Jesus naquele monte, porém nem todos aprendem o principal, o sermão do monte é o resumo do caráter e da conduta cristã. Jesus está interessado em você e em todos os aspectos de sua vida, Ele não é um Deus distante, que fica lá no céu e sem noção do que acontece por aqui, isso é mito, mentira.

Deus não é aquele velhinho de barba longa e branca, sentado num trono e mal informado do que acontece na terra. Ele mandou Seu Filho Jesus que é o Deus que se fez carne e sofreu as dores da condição humana, o condicionamento do tempo na terra. Ele conhece as tentações, a fome, a sede, o cansaço físico, as fraquezas do corpo e da alma e por isso mesmo nos entende e é o nosso único Intercessor diante de Deus. Não perca mais tempo, se decida a seguir a Jesus, o tempo é hoje, a hora é agora.

Fonte s - Sombra do onipotente, Tower power, WESTMINSTER BOOK.


Pesquisa - Magno Rodrigues 

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