Maximiliano Maria Kolbe

 

São Maximiliano Maria Kolbe nascido Rajmund Kolbe, O.F.M. Conv. (Zduńska Wola, Polônia, 8 de janeiro de 1894 – Auschwitz, 14 de agosto de 1941), foi um padre missionário franciscano da Polônia. Morreu como mártir no campo de extermínio de Auschwitz, como voluntário para morrer de fome no lugar de Franciszek Gajowniczek como 

castigo pela fuga de um outro prisioneiro, que lhe deu o privilégio de ser aceito pelo Estado de Israel como Justo entre as Nações. Foi canonizado pelo seu compatriota, o Papa São João Paulo II, em 10 de Outubro de 1982, na presença de Franciszek, que sobreviveu aos horror. 

Morte em Auschwitz 

Em 17 de fevereiro de 1941, Maximiliano Kolbe foi preso pela Gestapo.[Em 28 de maio de 1941, Padre Kolbe e mais outros 320 presos chegaram à Auschwitz, trazidos de Varsóvia. O número que o identificava entre as autoridades nazistas era 16670.
Em julho do mesmo ano, três prisioneiros conseguiram escapar. O subcomandante Karl Fritzsch, responsável por aquele campo nazista, ordenou que, em represália às fugas, outras dez pessoas fossem levadas para uma cela subterrânea, onde eram privados de luz solar, água e comida.E lá deveriam permanecer até a morte.

 Um dos homens selecionados era Franciszek Gajowniczek, que gritou: "Minha pobre mulher e meus filhos que não os volto a ver". Sensibilizado, Kolbe oferece-se para ir no lugar do outro homem. Contudo, ali entre aquelas filas dos salvos da lenta agonia do bunker, naqueles instantes de alívio geral, nasceu num homem a mais inesperada das decisões. 

O homem saiu das fileiras - era o «número 16670» - e com passo decidido dirigiu-se para o comandante do campo. Como um sopro de vento, um leve murmú­rio passou de um «bloco» a outro por todas as filas do grande quadrado.  o terrível Lagerführer Fritsch, vendo vir ao seu encontro, com passo firme, aquele homem inerme, deu um salto para trás, sacando fulmineamente do coldre a «P. 38» de longo cano. «Alto! - berrou com voz sufocada - Que quer de mim este sujo polaco?». Tirou o gorro e pôs-se com dignidade na posição de sentido diante do comandante do campo. Estava calmo e sorridente, com aquele olhar doce; alto, até o ponto que a magreza o tornava esguio; pálido, que parecia diáfano; e a cabeça ligeiramente inclinada à esquerda. 

Disse, com voz quase sumida: «Queria morrer no lugar de um daqueles», e fez um sinal com a mão na direção do grupo dos dez condenados ao bunker, cercados pelos verdugos. No olhar possesso de «Cabeça de mastim» Lagerführer Fritsch passou a sombra do espanto. Aquilo que ouvira superava a tal ponto a sua capacidade intelectiva que teve, por alguns momentos, a dúvida de sonhar. «Warum?» (Por quê?). Já sou velho e não sirvo para nada. A minha vida para nada mais se aproveita.

E por quem você quer morrer?» balbuciou Fritsch cada vez mais pasmado. «Por aquele. Tem mulher e crianças e apontou com o dedo, além da cerca dos capacetes de aço dos SS, o sargento Francisco Gajowniczek, ainda soluçando com as mãos apertadas à fronte. «Mas quem é você?» berrou Fritsch. Um padre católico»

CONTEÚDO: WIKIPEDIA
PESQUISA: MAGNO MOREIRA EM 04/ 2021

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