Cinco Artigos da Remonstrância

O documento na forma de um protesto foi elaborado por Johannes Wtenbogaert e após algumas alterações, foi aprovado e assinado por todos, em Julho de 1610. Os Remonstrances não rejeitaram a confissão e o catecismo, mas não reconheceram como permanentes e imutáveis os cânone de fé. Eles atribuíram autoridade apenas à Palavra de Deus na Sagrada Escritura e foram avessos a todo o formalismo. Eles também afirmaram que as autoridades seculares têm o direito de interferir nas disputas teológicas para preservar a paz e evitar cismas na Igreja.
Os Cinco Artigos da Remonstrância foram sujeitos à fiscalização do Sínodo Nacional realizado na cidade holandêsa de Dordrecht em 1618-1619. Ao mesmo tempo, Dordrecht era frequentemente chamada em inglês como Dort, o nome inglês comum ainda é Sínodo de Dort. As sentenças do Sínodo são conhecidas como os Cânones de Dort ou Cânones de Dordrecht. Estes cânones constestaram o que é muitas vezes chamado de os Cinco Pontos do Calvinismo, comumente apresentados pelo acróstico "TULIP":
Eis o significado de TULIP, em inglês e em tradução comumente aceita em português:
Total Depravity (Depravação total);
Unconditional Election (Eleição incondicional);
Limited Atonement (Expiação limitada);
Irresistible Grace (Graça Irresistível);
Perseverance of Saints (Perseverança dos Santos).
Os Cinco Artigos
Os Cinco artigos de Remonstrância contrastam com os Cinco Pontos do Calvinismo na maioria dos pontos. O Artigo I discorda que a eleição em Cristo seja incondicional. Em vez disso, neste artigo os remonstrantes afirmam que a eleição é condicional à fé em Cristo e que Deus elege para a salvação aqueles que Ele sabe de antemão que terão fé n'Ele. O Artigo II defende a expiação ilimitada, o conceito de que Cristo morreu por todos. Isso contrasta com a expiação limitada do calvinismo, que afirma que Cristo morreu apenas para aqueles que Deus escolheu serem salvos.
O Artigo III afirma a depravação total do homem, que o homem não pode se salvar. O Artigo IV repudia o conceito calvinista de graça irresistível, alegando que a humanidade tem livre-arbítrio para resistir à graça de Deus. O Artigo V, ao invés de rejeitar completamente a noção de perseverança dos santos, argumenta que pode ser condicional ao crente permanecer em Cristo.
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